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Para Orar e Adorar

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E o vento levou. - (Testemunho Pessoal)

Todos nós temos momentos que lembramos e nos orgulhamos, momentos que lembramos e não nos orgulhamos tanto assim.
Todos nós temos algo para contar quando se refere a mudança de vida, mudança de caráter e comigo não é diferente. 

O que passo a narrar é uma síntese de minha vida e conversão. Meu testemunho pessoal.

E veio o vento, e veio junto com ele, muito barulho e confusão. Assustei-me e quando percebi estava no meio do furacão.
Minha vida estava sendo balançada, agitada nas asas do vento.
Agarrei-me no que pude, para não ser levado junto, pois o vento levava tudo, levava a minha alma. Minha alma repleta de sonhos, pensamentos, sentimentos ocultos: limpos e sujos, visíveis e secretos, claros e obscuros... E o vento levava todos os meus sonhos, os meus alvos... Levava o meu amor.

Olhava e via nas asas do vento a saudade já enunciada. Numa metáfora de palavras digo: foi embora a minha vida. Literalmente a minha alma estava prestes a deixar a condição de ínfera existência para se tornar nada, um vazio eterno; perdida na não-existência do cosmo. 

Meus sentimentos esvaíram-se por uma fenda aberta em meu peito, bem no centro, no centro do meu coração, no centro do meu ser, de minha alma, de minha insignificante existência.

Um grande abismo se abre, a vida se rompe numa desarmonia regida pelo poderoso maestro: o vento. A continuação de minha existência está por um fio e é ameaçada pela agitação eterna. Vejo, olho, procuro, desespero-me, luto, desfiro golpes no ar, me esmurro, me reduzo a pó, ao pó de minha existência, de minha vida insignificante repleta de soberba, mentiras, ilusões... Não vejo saída. Tudo está terminado, acabado, é o fim. 

Eloí Eloí, Lamá Sabactâni? [Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?]. De repente percebo algo que contraria o meu super ego: não é Deus, sou eu, eu coloquei a minha própria vida nos braços da morte e agora... O que é isso? Percebo outro vento, não é um vento como os outros, percebo então algo de novo, especial, tranquilizante  renovador, restaurador, calmo... Inexplicavelmente tento descrever algo inexplicável. O que é? O que será? O que estou sentindo, eu explico assim: é uma brisa leve, suave... Aprendi depois que se tratava do Espírito Santo. O que o vento outrora levou, agora a brisa, o Espírito Santo trazia de volta: a minha vida.

Agora estou cheio, mas ainda percebo que o vento continua levando tudo e outros.


E o vento levava; e o vento me levava, hoje não leva mais.



Até a próxima em Nome de Jesus;



Abraços;

Silberty Faria



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