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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Práticas Pastorais - Cerimônia Fúnebre

CERIMÔNIA FÚNEBRE
Está aqui uma situação das mais “constrangedoras”: pregar em um enterro! Mas, é uma tarefa das mais importantes na prática pastoral.

SEPULTAR OU ENTERRAR?
O sepultamento consiste no ato de colocar o corpo falecido em uma sepultura. Por isso, o sepultamento é um ato distinto de enterro. No primeiro caso o cadáver é sepultado numa sepultura e no segundo o cadáver é enterrado numa cova, sob a terra - donde se origina a etimologia da palavra (em terra - enterrar = colocar sob a terra).

HISTÓRIA DOS ENTERROS
Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até o momento da peste negra (peste bubônica) quando as igrejas não comportaram mais tantos corpos, além do risco de contaminação, quando os enterros foram instituídos.
No Brasil colonial e imperial os sepultamentos existiram até o ano 1820, quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. Até então somente negros (escravos) e os indigentes eram enterrados.
...Os homens livres eram sepultados nas igrejas, por isso o tamanho de uma cidade era medido pela quantidade de igrejas que possuía, pois as igrejas faziam o papel dos cemitérios e algumas cidades coloniais, no Brasil, por exemplo, possuíam mais de 360 igrejas.



 

MOTIVOS PARA ENTERRAR OU SEPULTAR:
As práticas de sepultamento humano configuram uma manifestação de "respeito aos mortos", cujas razões podem ter várias origens, como:
Respeito pelos restos mortais é necessário, pois se deixados ao relento, os corpos poderão ser consumidos por carniceiros, o que é considerado um ultraje em muitas (mas não todas) culturas.
O sepultamento pode ser visto como "fecho" para a família e amigos do falecido. Enterrar e ocultar o corpo são uma forma de aliviar a dor da perda física do ente querido.
Muitas culturas acreditam na vida após a morte. O sepultamento é visto comumente como passo necessário para que o morto alcance esta "nova etapa".
Muitas religiões prescrevem uma maneira "correta" de viver, o que inclui os costumes relacionados com o tratamento dos mortos.
Desde que passamos pela cultura agrícola, ele nos dá imagens comparativas fortes, pois assim como a semente o defunto é depositado numa cova para que possa nascer noutra forma.

PENSE UM POUCO!
Existe algum momento onde se percebe mais a incapacidade humana?
Você conhece algum momento onde a pessoa possa estar mais carente?
Então… é esse auditório o mais aberto a ouvir uma palavra do pastor!

DICAS PSICOLÓGICAS:
Será que existe algum detalhe que “o pastor” deva observar antes mesmo de falar durante um velório?
A psicologia social poderá ajudar um pouco. É o que chamamos de “mentalidade grupal”. Aquela que determina rotinas de “massa”.

EXISTE UM LUGAR ESTRATÉGICO?
 Sim!
As pessoas tendem a se direcionar a um lugar específico do caixão!
Logo, a observação desse detalhe poderá te ajudar na tarefa de ser “ouvido”!

Observe o lado em que a tampa se abre!
O Lado apropriado é do lado direito!
A posição apropriada em caso da família estar presente é na cabeceira do caixão!

VALOR DA PALAVRA PASTORAL:
O que percebemos na “capelania fúnebre” é que a palavra do líder religioso tem o mesmo “significado” para os familiares que:
O enterro (a despedida);
O caixão (a segurança);
O choro (a despedida);
O velório (o último gesto);
O pastor (a garantia divina)
TEXTOS APROPRIADOS:
Salmos 103. 8-17; Eclesiastes 3.1-8; 1 Coríntios 15.42-57; Apocalipse 21.1-7; Salmo 46.10; Eclesiastes 7.1; João 13.7; João 14.27; João 6.35-40; João 11.17-27; João 14.1-6; Isaías 41.10, 13; Salmo 23.1-6; Romanos 8.31; 2 Coríntios 4.16 - 15.08; Filipenses 1.20-23; 1 Tessalonicenses 4.13-17; João 5.25; Jeremias 33.3 e outros...

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