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Para Orar e Adorar

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Criação da Mulher

Deus se identificou como o "ajudador" (hebreu: 'ezer) de Israel (Ex 18.4; Dt 33.7), palavra essa que não denota inferioridade, pelo contrário, descreve uma função mais do que digna. Ninguém se desvaloriza assumindo humildemente o papel de auxiliador. Como "ajudadora" do homem, a mulher se tornou sua parceira espiritual na extraordinária tarefa de obediência a Deus, de domínio sobre a terra e também foi parte vital para a multiplicação das gerações (Gn 1.28). A mulher como melhor amiga do homem, deveria lhe proporcionar conforto e companheirismo (Gn 2.23-24). Ninguém poderia encorajá-lo e inspirá-lo mais do que ela, visto que foi criada para isto. A frase "auxiliadora que lhe fosse idônea" (hebreu: kenegdo, lit. "semelhante ao que estava a sua frente") aparece somente nos versos 18 e 20, enfatizando a semelhança entre o homem e a mulher. Não era inferior ou superior a ele, mas igual e equivalente em sua forma física, embora com uma função diferente e distinta.
Homem e mulher foram criados à imagem de Deus; a diferença é que o homem foi formado do pó da terra e a mulher da costela do homem. Ela é a cópia perfeita do homem, a mesma carne e ossos e a imagem de Deus exatamente como o homem, igual a ele em tudo (Gn 1.27). E está inseparavelmente ligada a ele através do próprio ato da criação. A integridade da raça está assegurada (Gn 1.27-28); a dignidade e o valor da mulher está assegurado (Gn 2.22); a base do casamento cristão está estabelecida de um modo memorável (verso 24).
A criação da mulher não foi uma decisão tardia. O homem foi planejado e criado física, emocional, social e espiritualmente já com a futura criação da mulher planejada e assegurada. Na realidade Deus disse que não era bom ao homem estar "sozinho", ele precisava da mulher (verso 18). Deus criou o homem do "pó da terra", mas criou a mulher da "costela" do homem (hebreu: tsela', literal: "lado").
Deus usou Adão para expressar a singularidade da mulher através de um jogo de palavras único, onde a própria linguagem reflete a unidade que Deus planejou entre o homem (Hebreu: ish) e a mulher (Hebreu: ishshah). A expressão "ossos dos meus ossos e carne da minha carne" (verso 23) aparece em outras passagens do Antigo Testamento como indicações de um relacionamento consanguíneo. Embora Adão tenha dado nome a mulher, isso não determina que tivesse uma posição superior a dela. Na cultura oriental, o ato de dar nomes, mesmo nos dias de hoje é significativo e na maioria dos casos denota autoridade e responsabilidade. Note, por exemplo, o ato de dar nomes aos animais (versos 19-20), a mudança do nome de José por Faraó (Gn 41.45), o novo nome de Matanias dado por Nabucodonosor (2 Reis 24.17) e o novo nome dado pelo eunuco de Nabucodonosor a Daniel e seus amigos (Dn 1.6-7). O nome da mulher é um reconhecimento de sua origem, do mesmo modo que o de Adão confirma a sua criação a partir do pó da terra (Gn 2.19).

Até a próxima em Nome de Jesus.

Abraços;

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