Zebah (זבח): "sacrifício". Esta raiz com o significado de "sacrificar" é representada em outros idiomas semíticos: acadiano, ugarítico, fenício, aramaico e árabe. O termo zebah continuou sendo usado no hebraico misnaico e seu uso é muito reduzido no hebraico moderno, visto que não há Templo. A palavra é empregada 162 vezes no Antigo Testamento hebraico e em todos os períodos. A primeira ocorrência está em Gn 31.54: "E sacrificou Jacó um sacrifício na montanha e convidou seus irmãos para comerem pão; e comeram pão e passaram a noite na montanha."
O significado básico de zebah é "sacrifício". Quando um "sacrifício" era morto pelo sacerdote, ele o oferecia a Deus. O propósito era não só estabelecer comunhão entre Deus e o homem, mas, antes, o "sacrifício" representava o princípio de que sem derramamento de sangue não há perdão de pecados (Lv 17.11; cf. Hb 9.22). No ato do "sacrifício", o israelita fiel se submetia ao sacerdote que, de acordo com vários regulamentos detalhados (veja Levítico), oferecia o "sacrifício" conforme as expectativas de Deus. Os "sacrifícios" são o "sacrifício" da Páscoa (Ex 12.27), o "sacrifício" pacífico (Lv 3.1), o "sacrifício" de ação de graças ou de louvores (Lv 7.12) e o "sacrifício" da oferta do sacerdote (qãrbãn; Lv 7.16). A palavra zebah não era como o holocausto ('ôlãh), que era completamente queimado no altar, e era diferente da oferta pelo pecado (hattã't), na qual a carne era dada ao sacerdote, pois a maior parte da carne do zebah era devolvida à pessoa que fazia o "sacrifício". A gordura era queimada no altar (Lv 3.4,5), e o sangue derramado ao redor do altar (Lv 3.2). A pessoa que fazia o zebah tinha de compartilhar a carne com o sacerdote oficiante (Êx 29.28; Lv 7.31-35; Dt 18.3).
Devido ao fato de as pessoas compartilharem a comida do zebah, o "sacrifício" se tornou refeição comunal, na qual o Senhor era o anfitrião do Seu povo. A mensagem de Sofonias de julgamento está baseada nesta concepção de "sacrifício": "Cala-te diante do Senhor JEOVÁ, porque o dia do SENHOR está perto, porque o SENHOR preparou o sacrifício e santificou os seus convidados." (Sf 1.7). O Israelita vinha ao Templo com o animal a ser sacrificado, o qual era abatido, fervido e comido na área do santuário (1 Sm 2.13). À parte dos santuários, os israelitas também celebravam juntos a bondade de Deus em suas aldeias nativas. A História de Samuel oferece várias ilustrações boas sobre este costume (cf. Sm 9.13; 16.2,3).
Os profetas olhavam com condenação os "sacrifícios" apóstatas de Israel: "De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o SENHOR? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes" (Is 1.11). Oséias falou sobre a necessidade do amor de Israel por Deus: "Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos" (Os 6.6). O profeta Samuel reprovou Saul com as conhecidas palavras: "Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros" (1 Sm 15.22). Davi, quando pecou, sabia qual era a resposta certa a ser dada para Deus: "Porque te não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus". (Sl 51.16,17)
A septuaginta dá a seguinte tradução: thusia ("sacrifício, oferta").
A septuaginta dá a seguinte tradução: thusia ("sacrifício, oferta").
Até a próxima em Nome de Jesus.
Abraços;
Silberty Faria
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