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Para Orar e Adorar

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Os Juízos de Deus

O que resta a um pai a não ser aplicar métodos disciplinares rígidos em seus filhos, quando esses se mostram desobedientes? O que aconteceu com Israel? Quando o homem se distancia de Deus, quase sempre, torna-se insolente: nada lhe toca o coração! A única forma de o Senhor trazê-lo de volta para si é por meio de uma punição ainda mais severa e longa. 
O Senhor sempre demonstrou longanimidade para com o Seu povo, mesmo quando esse cometeu atos extremos.
Os profetas eram levantados para denunciar o pecado da nação e para chamá-la ao arrependimento; quando a mensagem não era acatada, o Senhor trazia-lhe uma punição imediata. Entretanto, quando nem mesmo esse método funcionava, a última alternativa era entregar os israelitas a um castigo ainda mais severo.
O que resta a um pai a não ser aplicar métodos disciplinares rígidos em seus filhos, quando esses se mostram desobedientes? Foi o que aconteceu a Israel: o Senhor enviou-lhe a seca, mas de nada adiantou (Am 4.7,8); a plantação foi perdida com a ferrugem e com a invasão dos gafanhotos, porém isso não lhe chamou a atenção (Am 4.9); os jovens foram mortos à espada e subiu-lhe o cheiro dos mortos, mas não foi suficiente (Am 4.10); algumas cidades foram destruídas, mas nem assim funcionou (Am 4.11).
Algumas visões foram dadas a Amós, para que fossem reveladas ao povo, vejamos:
A primeira visão - gafanhotos devorando os campos verdes para a ceifa: a visão indicava um tempo de fome. O profeta compadeceu-se da casa de Jacó e orou a Deus para que tal fato não acontecesse. O Senhor atendeu (Am 7.1-3);
A segunda visão - O Senhor, então, mandaria fogo para contender com o Seu povo rebelde, mas o profeta solidarizou-se com Israel, mais uma vez, e o Senhor retirou o castigo (Am 7.4-6);
A terceira visão - Amós viu o Senhor medindo a cidade com um prumo, mas, dessa vez, não teve coragem de interceder por ela (Am 7.7-11);
A quarta visão - A descrição da quarta visão ocupa todo o oitavo capítulo do livro de Amós. Nela o profeta viu os frutos de verão. Aparentemente, eles estavam bons, mas por dentro, estavam apodrecendo. Diante deles o Senhor declarou ter chegado o fim (Am 8.2);
A quinta visão - Amós viu o Senhor sobre o altar, dando-lhe ordem para quebrar os capitéis (as colunas do templo idólatra), a fim de que o edifício caísse sobre o povo; aqueles que escapassem com vida seriam mortos pela espada. Esta visão era um aviso da dispersão (Am 9.1-10).
Em 722 a.C., o imperador assírio levou povos estrangeiros à cidade de Samaria (capital do Reino do Norte) e os fez habitar junto ao povo daquela província, provocando grande indignação e repúdio ao Reino do Sul, o qual passou a desconsiderar os israelitas como seus irmãos (2 Rs 17.24-26). Jesus sentiu os efeitos dessa repulsa quando conversou com a mulher samaritana, à beira do poço de Jacó (Jo 4.9).
Como nada sensibilizava o Reino do Norte, o Senhor o ameaçou (Am 4.12). A nação não considerava as ordens do Eterno. Para eles, o Dia do Senhor não representava coisa alguma (Am 5.18-20). O encontro de Israel com o Altíssimo não seria prazeroso, mas de grande pavor (Am 7.11).
A profecia, então, cumpriu-se. Em 740 a.C., o exército assírio invadiu o Reino do Norte, levando cativas duas tribos e meia, a saber: os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés (1 Cr 5.25,26). Várias cidades da Galiléia foram atacadas e os seus moradores levados cativos (2 Rs 15.29). Além disso, o Reino do Norte foi invadido novamente pela Assíria (2 Rs 17.3,5).
Passados dois mil anos de expatriação, os judeus receberam de volta o seu território em 1948. Hoje, os conflitos que eclodem no Oriente Médio dão-se pelo incômodo que a presença dos judeus provoca em seus vizinhos, os árabes. Assistimos, portanto, o soerguimento de um quadro apocalíptico.
Embora os olhos do Senhor estejam voltados para a Igreja, Seu relacionamento com Israel não se extinguiu. Para Deus não há tempo: o passado e o futuro são para Ele a mesma coisa. O cumprimento das previsões bíblicas em relação ao povo da velha aliança está em andamento (Rm 11.25-32).
Os juízos de Deus proferidos no Antigo Testamento, incluindo as profecias relativas ao período da Grande Tribulação, ecoam no Novo Testamento. De acordo com os teólogos pré-tribulacionistas, o dia do Senhor, anunciado por Amós (Am 5.18; 9.8-12), não diz respeito apenas a invasão assíria, mas vai além dela. Trata-se também, do tempo que se seguirá ao arrebatamento da Igreja.
No pequeno livro de Amós há também referência ao reino milenar do Messias, quando Israel alcançará o favor definitivo de Deus (Am 9.11-15; Rm 11.26). Além da perspectiva escatológica, Amós é citado no Novo Testamento por Estêvão (At 7.42,43; Am 5.25-27); e por Pedro no Concílio de Jerusalém (At 15.16; Am 9.11). 
Como os demais profetas, tanto da Antiga quanto da Nova Aliança, Amós conclamou o povo ao arrependimento. Deus sempre esperou o melhor de Seu povo; por isso, antes de proferir qualquer mensagem de juízo contra ele, levantava profetas para chamá-lo de volta para si (Am 5.4,15).
Israel pecou contra o Senhor em diversos momentos da história e sempre esteve inclinado à desobediência e à idolatria (Hb 4.7-9). Contudo, Deus revela-se um Pai zeloso, com um coração disposto a perdoar, e pronto para corrigir aqueles a quem Ele ama (Ap 3.19).

Até a próxima em nome de Jesus.

Abraços;

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