Esta é a última mensagem desta série de estudos, se você chegou até aqui, com certeza você melhorou e cresceu em graça e conhecimento. Mais vamos a mensagem de hoje.
Nem sempre o povo se lembrava da orientação de Deus registrada no livro da Lei, por isso, com frequência, cometia transgressões, e as piores eram cometidas pelos reis e pelos sacerdotes. Esses tinham mais obrigação do que o povo de conhecer as instruções divinas, no entanto, eram os que mais erravam. O profeta expressava a sua indignação contra os erros, chamando o povo de volta para o Senhor.
A mensagem dos profetas seguia sempre o mesmo ciclo. Vejamos:
- queixa sobre algum tipo de mal praticado (Os 4.1,2,12-14);
- castigo, em forma de dispersão, cativeiro ou ataque de algum povo estrangeiro (Os 4.3-11);
- retorno do cativeiro ou ao estado anterior mediante o arrependimento (Os 11.8-11; 6.1,2);
- promessa sobre a vinda do Messias (Os 6.3);
- futuro garantido sob o domínio do Messias sobre toda a Terra (Os 14.4-9; 13.14).
Os profetas Maiores - São assim determinados não por grau de importância, mas pelo tamanho de suas obras. Os Profetas Menores, com exceção de Zacarias e Oseias, que constam de quatorze capítulos cada, são todos pequenos; já os Maiores são livros cujos rolos originais (em pergaminhos) chegavam até dezessete metros de comprimento. São eles: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
Isaías - Isaías profetizou nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias - reis de Judá - e, segundo a tradição, talvez tenha vivido durante o reinado de Manassés. Também se acredita que o profeta tenha sido serrado no meio; se for este o caso, o escritor da Carta aos Hebreus pode ter aludido a esse fato (Hb 11.37). Seu livro data de 740 a.C.
Isaías é considerado o profeta messiânico do Antigo Testamento, pois previu o nascimento de Jesus (Is 9.6) e a sua morte (Is 53). Falou do cativeiro babilônico e do retorno dos hebreus para a sua terra (Is 39.3-8; 45.13; 13-14.3), mencionando o nome de Ciro, o imperador medo-persa, dois séculos antes do seu nascimento (Is 45.1). Sua mensagem também foi dirigida ao Reino do Norte (Israel) e contém promessas de restauração e de redenção para o remanescente fiel da nação (Is 45.14-17).
Jeremias - Jeremias sofreu perseguições do rei e dos profetas de sua época - estes eram contratados pelo monarca para desfazer as suas predições. Os seus muitos sofrimentos o fizeram chorar tanto que ele ficou conhecido como o profeta das lágrimas. Jeremias não foi acatado em seus dias, mas a História lhe fez justiça, a ponto de confundirem-no com Jesus (Mt 16.14).
Jeremias profetizou do tempo de rei Josias ao tempo do rei Zedequias, que foi levado cativo para a Babilônia na grande invasão em 586 a.C. Ele sofreu muita oposição por causa desses avisos. Ezequiel e Daniel vaticinaram durante o cativeiro. Ezequiel era um profeta visionário, e Daniel, embora fosse vidente, agiu mais como intérprete de Jeremias para o seu povo. Seu livro foi escrito entre 626 e 586 a.C.
A mensagem direta e objetiva de Jeremias foi dirigida para o Reino do Sul. ele anunciou o cativeiro babilônico, avisando que os judeus sofreriam por setenta anos. De fato, as primeiras deportações para a Babilônia aconteceram em 605 a.C., e as últimas em 586 a.C. Dessa forma, desde que os primeiros judeus foram levados para a Babilônia até o fim do cativeiro, em 535 a.C., passaram-se setenta anos (2 Cr 36.21).
Ezequiel - Ezequiel era ainda jovem quando foi levado para a Babilônia, provavelmente na leva dos dez mil nobres do Reino do Sul (2 Rs 24.14; Dn 1.1-7), dentre os quais constavam Daniel, Hananias (Sadraque), Misael (Mesaque) e Azarias (Abede-Nego).
No cativeiro, Ezequiel, que segundo a tradição judaica era aprendiz de Jeremias, tornou-se profeta para a sua geração. Sua mensagem, escrita entre os anos 593-573 a.C. é carregada de visões (Ez 1.1) e trata do julgamento de Judá; do julgamento das nações pagãs e da esperança dos cativos judeus.
Daniel - Todo o ministério profético de Daniel desenvolveu-se durante o cativeiro babilônico. No capítulo 5, ele narra o final do Império Babilônico e o surgimento do Império Persa. É possível que o livro tenha sido escrito, ou pelo menos concluído, no final do cativeiro, visto que ele, pela leitura que faz de Jeremias, compreende que esse tempo havia chegado ao fim (Dn 9.2).
A mensagem de Daniel ultrapassa os seus dias. ela é também escatológica, pois prevê os tempos futuros; por isso, seus registros fazem conexão direta com o Livro do Apocalipse.
Finalizamos assim, a nossa série de estudos sobre a Introdução aos Livros Proféticos, citamos: Pequena Introdução aos Livros Proféticos - Profetas Menores - Parte 1
Até a próxima em Nome de Jesus.
Abraços;
Silberty Faria