Angelologia
é uma área da teologia cristã que estuda a existência incorpórea, a natureza e
as funções dos anjos, espíritos puros.
Não existe autoridade bíblica para a velha idéia de que
cada pessoa, no momento em que nasce, passa a ter um anjo de guarda especial
que irá ajudar e vigiar esse indivíduo durante toda a sua vida. Os dois
versículos das Escrituras que têm sido muito usados como evidências não bastam
para confirmar este conceito. "Vede, não desprezeis a qualquer destes
pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem
incessantemente a face de meu Pai celeste" (Mt 18.10). Inúmeras
interpretações deste versículo foram oferecidas. A seguinte parece ser uma explicação
plausível e que insere o outro versículo da Escritura freqüentemente usado para
apoiar a doutrina dos anjos da guarda individuais.
Ao
primeiro olhar pareceria que esses pequeninos, tinham anjos no céu. Existe uma
passagem em At 12.15 que é a chave para resolver a dificuldade neste ponto.
Quando Pedro foi libertado por um anjo, tirado milagrosamente da prisão, bateu
na porta de um grupo que orava e Rode afirmou que ele estava do lado de fora. Então
os outros que oravam disseram: “É o seu anjo. (At 12.15)”.
Tudo
depende, naturalmente, da interpretação de anjo.
O
que não podemos deixar de observar que este texto de At 12.15, tem sua
interpretação baseada na crença popular judaica.
Não
creio que cada um quando nasce tem um anjo protetor ou anjo da guarda, mas
creio na Bíblia quando diz que: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o
temem e os livra.” (Sl 34.7). (Ele cerca com sua proteção e livra a todo aquele
que ama a Deus.). Também creio que Deus ainda pode usar anjos celestes ou anjo
celeste para comunicar uma mensagem numa visão ou revelação.
Anjo
se define assim: uma ordem de seres finitos, celestiais e incorpóreos.
O
nome anjo no hebraico (malaque, usado 108 vezes no VT), e no grego (ângelus,
usado 165 vezes no NT), quer dizer mensageiro. Esses vocábulos são empregados
para designar tanto os anjos bons como os maus, os anjos são também chamados
espíritos. O termo espírito salienta a natureza de tais seres, enquanto a
palavra “anjo” põe em foco a sua função de mensageiros. Os anjos santos são os
mensageiros do Criador e os anjos maus são mensageiros de Satanás (Ap 12.7). O
hebraico malaque e o grego aplicam-se igualmente a mensageiros humanos. Temos
exemplos de malaque (Ag 1.3; Ml 2.7 3.1) e de ângelus podemos ver (Lc 7.24; Tg
2.25; Ap 1.20).
A
Natureza dos anjos – com relação à natureza dos anjos podemos observar
biblicamente que eles não são seres humanos glorificados (Mt 22.30; 1 Co 6.3).
Eles são incorpóreos, logo não possuem asas, não possuem cabelos cacheados e
amarelos, e são assexuados. Ah! E por falar em assexuados, não existem anjas.
Os anjos são espíritos e podem assumir a forma corpórea quando há necessidade
(Gn 18.2,16; Jz 2.1; Mt 12.43), eles são uma companhia e não uma raça (Hb 12.22),
por algumas vezes são chamados “filhos de Deus” (Jó 1.6; 38.7). Os anjos são
mais inteligentes que os homens e mais poderosos, mas não são oniscientes nem
onipotentes. (2 Sm 14.20; Lc 4.34; Sl 103.20; 2 Pe 2.11). Os anjos foram
criados (Hb 1.5-14), e são moralmente livres, servem ao Senhor de livre e espontânea
vontade. (Ez 28.14-16; Is 14; 2 Pe 2.4).
O
Ofício dos anjos – quanto ao ministério celestial os anjos adoram a Deus
incessantemente, são chamados assembléias ou congregação qual igreja celeste,
dá culto e louva a Deus (Mt 18.10; Sl 29.1-2, 103.20). Deus marca o início de
novas épocas do desenrolar dos seus planos, como manifestação de anjos, foi
assim na criação do mundo (Jó 38.7), na doação da lei (Gl 3.19), no nascimento
de Cristo (Lc 2.13), na ressurreição de Cristo (Mt 28.2) e será no juízo das nações
(Mt 25.31). Com relação ao ministério
terrestre os anjos receberam à administração de trabalhos divinos, como por
exemplo: mostrar a fonte a Agar serva de Sara, libertar Pedro da cadeia, etc. A
comunicação de verdades que diz respeito às coisas espirituais é tarefa do
Espírito Santo. Com relação à pessoa de Cristo, os anjos têm um ministério
especial: avisaram da sua vinda (Mt 1.20), anunciaram o seu nascimento (Lc
2.8-15), o serviram após a tentação (Mt 4.11), etc. Têm também um ministério
específico com relação aos crentes: os dirige e protegem (At 5.19-20), cuidam
dos eleitos que morrem (Lc 24.22-24), anima e fortalece os crentes (At 27.23-25),
e observam a vida deles (1 Co 4.9).
Até a próxima em nome de Jesus;
Abraços;
Silberty Faria.
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