Na segunda parte estou postando uma matéria livre, sobre o assunto.
Então vamos Estudar:
Angelologia - primeira parte
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Angelologia - primeira parte
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Figura medieval dos arcanjos Miguel e Gabriel. A Alta Idade Média foi marcada por um intenso interesse angelológico em relação aos arcanjos. |
Angelologia é um
ramo da teologia que estuda os anjos. Como os Pais da Igreja (com exceção de Orígenes de
Alexandria) não demonstravam interesse especial pela natureza dos anjos,
pode-se dizer que as bases das doutrinas angelológicas ocidentais foram
formuladas por Santo Agostinhono século IV d.C.[1] Segundo
o pensador cristão, os anjos teriam uma natureza puramente espiritual e livre.[2] Comentando
o gênesis,
Agostinho definiu as funções destes seres celestes, que seriam responsáveis
pela glorificação de Deus e pela transmissão da vontade divina. De acordo com a
doutrina angelológica agostiniana, os anjos estariam voltados tanto para o
mundo espiritual quanto para o mundo visível, no qual interviriam com certa
frequência. Para Agostinho, os homens e os anjos tinham semelhanças notáveis,
tendo ambos sido criados à imagem de Deus.[1] Ademais,
ambos seriam criaturas inteligentes.
Mais tarde, Gregório
Magno acrescentou algumas noções angelológicas ao pensamento
agostiniano. Segundo ele, o homem teria como função ocupar no Céu os
lugares abandonados por anjos caídos. Gregório Magno também foi responsável por
introduzir no Ocidente a lista dos nove coros celeste (serafins, querubins e tronos,
dominações, potestades e virtudes, principados, arcanjos e anjos). No começo do
século IX d.C., o texto "A Hierarquia Celeste", atribuído a Dioniso,
o Areopagita, consolidou a noção de hierarquia angelical.[1]
No século XI, o
pensamento teológico sobre os anjos sofreu mudanças.[1] Santo
Anselmo rejeitou as relações de causalidade entre a queda dos anjos e
a criação de Adão. A teologia de São
Bernardo conferiu aos anjos um papel essencial na ascensão mística,
uma vez que esses seres celestes seriam responsáveis por preparar a alma para a
visão de Deus. Nessa época, emerge a figura do anjo da guarda individual.
No século XV, a devoção
aos anjos da guarda individuais se torna regra, e a teologia passa
a se ocupar desse aspecto da essência angelical. A teologia dos anjos sofre
importantes mudanças e é retomada por pensadores como Vicente Ferrer, João
Gerson e Ludolfo da Saxônia.[1]
Hoje, as diferentes
denominações tem diferentes tratamentos e níveis de atenção dados a doutrina.
Enquanto algumas igrejas os reverenciam e os admiram, outras evitam o tópico,
associando-os a idolatria e desvio de foco de atenção, mentiras, falsos sinais,
e desordem de culto.
Dentre os anjos,
normalmente são classificados como bons ou maus, fiéis ou rebeldes. Os últimos,
também chamados de anjos caídos, e de demônios, são extremamente mal vistos na
maioria das denominações, postos como inimigos de Deus e do seu povo.
Os anjos de nomes
conhecidos na bíblia incluem Miguel, Rafael, Gabriel e Lúcifer.
A teologia pentecostal
de algumas igrejas tem classificado muitas vezes anjos como seres sem
sentimento, ou livre arbítrio, como já tendo-o usado e agora não podendo tomar
mais decisões próprias, sendo os fiéis principalmente mensageiros, e que não
entram em contato com o ser humano, raras exceções. O desejo de salvar anjos
caídos teve pouco estudo até hoje, sendo um dos que creram nessa hipótese
Origenes. Atualmente, há poucos pastores que concordam com a possibilidade de
conversão de anjos caídos. A "Teoria da Salvação Total", recentemente
proposta por um estudante de teologia, é uma nova tentativa de converter esse
tipo de criatura, que estaria, segundo a bíblia, já condenado.
Referências
↑ a b c d e Le
Goff, Schmitt; Jacques, Jean-Claude. Dicionário Temático do Ocidente
Medieval: Anjos. [S.l.: s.n.], 2002. 69-81 p. vol. 1. ISBN
85-746-147-0
↑ David
Keck. Angels
and angelology in the Middle Ages. 1998.
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