As árvores sabem que está começando um ano novo? O sabem os animais? E os bebês? Ano Novo, na verdade, é produto das tradições humanas.
Tanto é que no nosso calendário Gregoriano, ele cai em 1º de janeiro. No calendário judeu, varia entre 5 de setembro a 5 de outubro. O Ano Novo Chinês cai entre 21 de janeiro a 20 de fevereiro.
Quer dizer, dia de Ano Novo depende da cultura e do lugar onde você nasceu. Todos os costumes da época de fim de ano levam as pessoas a crerem que, como por mágica, a mudança de número de ano no calendário trará mudanças positivas em suas vidas. “Feliz Ano Novo”, para mim, é o mais irritante. É como uma obrigação social que se você não cumprir, há algo errado com você. “Ele nem me desejou Feliz Ano Novo. Qual o problema dele?” Parece que ninguém vê que desejar um Feliz Ano Novo ou não, nunca fez diferença na vida de ninguém. Não trouxe mais saúde, mais dinheiro, mais felicidade, mais nada. Mas a pressão é tão forte que todos os anos eu ainda me pego falando um ou dois “Feliz Ano Novo” para alguém, só para não parecer um E.T.
Soltar fogos de artifício então é o ápice da insensatez e do desrespeito a quem prefere dormir. Espetáculo visual, sem dúvida. Proveito prático, nenhum. Alguém dirá: “Mas essas celebrações não fazem mal a ninguém. E que vida chata seria se não fosse por essas festas. Não seja um estraga-prazer!”
Eu não sou contra festas. Se você ler a Bíblia, especialmente o Velho Testamento, verá que Deus é o maior festeiro que já existiu. Às vezes me pergunto como que o povo judeu conseguia trabalhar, com tantas festas durante o ano. Porém, eram festas com pano de fundo espiritual, que remetia o povo a algum acontecimento passado que Deus queria que jamais esquecessem. Mesmo assim, o afastamento de Deus tornava essas festas em tradições e práticas carnais, de forma que Ele mesmo dizia: Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. (Amós 5.21) As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. (Isaías 1.14)
Na essência dessas palavras e do contexto de quando Deus as falou, estava expresso o seguinte pensamento: De que adianta festas, comes e bebes, música e dança — se vocês não fazem o que é certo?
Seus problemas, desafios, e sonhos tampouco sabem que é Ano Novo. Eles seguirão iguais, indiferentes ao calendário — a não ser que você decida fazer o que é certo e necessário para vencê-los e alcançá-los.
Ao invés de “Feliz Ano Novo”, fogos, vestir de branco, e tudo o mais, o que você precisa é tomar decisões corajosas de mudar de vida, de fazer o que tem que ser feito, e estar comprometido com essas mudanças que quer ver. Seja qual for o dia em que você fizer isso — 1º de janeiro, 24 de maio, 7 de agosto… — esse dia será o seu Ano Novo.
Fonte: Bispo Renato Cardoso
Até a próxima em Nome de Jesus;
Abraços;
Silberty Faria