A Luta Contra O Pecado
Hebreus 4.14-16
"Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna."
Ø
Jesus é apresentado como sumo sacerdote que se
compadece de nossas fraquezas.
Ø
Por que essa capacidade é destacada? Para termos
a vitória do Cristo homem, que foi tentado em tudo, mas sem pecado. Ele conhece
plenamente as lutas e fraquezas da carne.
Ø
Na Bíblia a figura de trona remete a juízo,
contudo o trona da graça, do qual devemos nos achegar para acessar socorro e
misericórdia é o contrário de juízo.
Ø
O propósito do trona da graça não é oferecer
julgamento aos que lutam contra o pecado, mas graça.
Ø
O objetivo não é condenar, e sim ajudar aos que
são tentados. A aproximação a esse trono não pode causar receio, mas precisa
ser feita com confiança.
Ø
Onde está o trono da graça? A uma oração de
distância. Ele também se manifesta na Palavra e pelo Espírito santo.
Ø
O ponto é: ele está disponível para quem precisa
de ajuda – não para os totalmente santos, mas para os que querem vencer a luta
contra seus próprios maus desejos, contra suas fraquezas.
Ø
Quem se assenta nesse trono? Um Rei compassivo,
que sabe exatamente o que é ser tentado e está pronto a socorrer os que também
são.
Ø
Temos que nos esforçar, mas jamais sozinhos,
porque temos acesso ao trono da graça – e essa graça nos basta 2 Co 12.9 “Então,
ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.
De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim
repouse o poder de Cristo.”
Ø
A Luta contra o pecado se dá na tentação.
Ø
Se a pessoa está acorrentada pela prática do
pecado, então ela não sabe quem é em Cristo e nem o que há à sua disposição.
Ø
Existe uma vida cristã sem luta contra o pecado?
Não!
Ø
É possível estarmos vivos aqui na terra e não
sermos tentados? Não!
Ø
Até Jesus foi tentado, e isso sem ter a mesma
natureza caída que nós. Adão também pode ser incluído, pois quando foi tentado
e pecou ainda não tinha a “natureza adâmica”.
Ø
Se a Palavra de Deus cita explicitamente que a
luta existe, como dizer o contrário?
Ø
A boa notícia é que é possível vencer, porém é
inegável que haja luta contra o pecado.
Ø
Hebreus 12.1-4 “Portanto, também nós, visto que
temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo
peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a
carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da
fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a
cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de
Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos
pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa
alma. Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao
sangue.
Ø
É possível vencer a luta contra o pecado? Claro que sim! Isso é Santificação.
Ø
Na luta contra o pecado, não há espaço para
lamentos, porque contamos com recursos para vencer porque a graça divina é uma
força capacitadora.
Ø
A graça divina oferece mais que perdão dos
pecados que já foram cometidos, ela vai além e nos capacita a nem mesmo pecar.
Ø
A graça faz mais do que apenas perdoar, ela
provê recursos divinos para vencer as tentações e não precisar chegar à queda.
Ø
É possível vencer as tentações? Claro que sim.
Ø
Há uma solução divina. O propósito do trono da
graça não é apenas reerguer, dia após dia, os crentes que vivem uma espécie de
tropeço contínuo.
Ø
Existe como cortar o mal quando ainda é um
intento.
Ø
Quando a Bíblia fala de encontrar socorro em “ocasião
oportuna”, a que se refere? Que socorro é esse? É só o ato divino de perdoar quem já pecou?
Ø
A aproximação ao trono deve acontecer “a fim de
recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”
Ø
Primeiro recebemos misericórdia e graça para,
quando for necessário, em ocasião oportuna, utilizarmos ambas para socorro. Ou
seja, a ajuda vem antes da queda, ainda que aja uma misericórdia posterior a
quem dela não fez uso.
Ø
O projeto de Deus não é apenas ficar levantando,
repetidamente, o homem caído. É ajudá-lo a evitar a queda!
Ø
Por isso a advertência: “Aquele, pois, que pensa
estar de pé veja que não caia” (1 co 10.12)
Ø
Assim como Hebreus 4.16, há outro texto que fala
desse tipo de ajuda e quando ela nos é disponibilizada: Não vos sobreveio
tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais
tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos
proverá livramento, de sorte que a possais suportar. (1 Co 10.13)
Ø
Quais lições esse versículo ensina? Pelo menos
três podem ser destacadas:
Ø
A
tentação é humana. As tentações não são demoníacas, são humanas. Em outras
palavras, não são sobrenaturais, mas naturais. Tiago afirmou que “cada um é
tentado pela sua própria cobiça, quando esta atrai e seduz” (Tg 1.14). Embora a
Bíblia denomine Satanás como “tentador” (Mt 4.3 e 1 Ts 3.5), isso se refere
mais à capacidade dele de instigar nosso próprio desejo do que produzir em nós
um desejo que não existia anteriormente. Sendo assim a tentação é humana –
ainda que instigada pelo diabo.
Ø
Não
seremos tentados acima de nossas forças. O texto sagrado afirma que Deus é
fiel e não permitirá que sejamos tentados além de nossa capacidade de resistir.
Em outras palavras, a tentação não é insuportável, ela pode e deve ser vencida.
Isso significa que nenhuma tentação será mais forte do que nossa capacidade de
dizer não ao pecado.
Ø
Deus
proverá livramento para suportar a tentação. Apesar de as tentações serem
humanas e não transporem nosso limite de resistência, ainda assim não estamos
sozinhos na luta. Podemos contar com a ajuda celestial! O texto diz, com toda
clareza, que Deus proverá livramento,
portanto há auxílio divino à nossa disposição. A Tradução Brasileira diz que
Ele proverá “o meio de saída”, enquanto a Nova Versão Internacional fala acerca
de “um escape”. Tiago, o irmão do Senhor Jesus, declarou: “Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não
pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta” (Tg 1.13). Deus não
tenta a ninguém, isso é fato. Já vimos que a tentação é humana e o maligno apenas
instiga o desejo do homem. Porém há uma ação divina na tentação e, claro, não é
para favorecê-la, mas para dissipá-la.
Ø
O mesmo Jesus que venceu as tentações e o pecado
– lembrando que ele fez isso como homem, não como Deus – nos ensinou como
alcançar a provisão divina para vencer.
Ø
Na chamada oração do Pai-Nosso, Jesus nos
instruiu a orar assim: “Não nos deixe
cair em tentação; mas livra-nos do mal” (Mt 6.13). Depois, no Jardim do
Getsêmani, voltou a dizer aos seus discípulos: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt 26.41). As
duas declarações de Cristo são preventivas e têm o propósito de evitar o pecado.
Apesar de ser nossa responsabilidade dominar os desejos da carne, o Pai
Celestial decidiu nos auxiliar, nos empoderar com Sua graça, a fim de podermos
resistir às tentações com Sua ajuda.
Ø
Isso é maravilhoso! Entretanto conheço poucos
cristãos que realmente oram para não cair em tentação. Muitos deixam para orar
somente depois que caem. A maioria parece não entender – ou não consegue
acreditar – nessa graça capacitadora para uma vida de santidade.
Ø
Só a graça pode levar a uma resposta de obediência.
*Extraído e Adaptado do Livro: O Impacto da Santidade - Luciano Subirá.
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