Já vi muitos escorregando neste tema, por isso resolvemos falar um pouco para ajudar.
Sansão cometeu suicídio?
Deus abençoou Sansão para cometer suicídio, mesmo sabendo Deus que suicídio é pecado?
Como pode Deus encher Sansão de força para ele cometer suicídio?
Então vamos considerar: Jesus também suicidou-se quando disse "dou a minha vida" (Jo 10.15)?
Essas perguntas são comuns e aparentemente temos um problema, pois o suicídio é uma forma de
assassinato e Deus disse: "Não matarás" (Êx 20.13). Há muitos casos
de suicídio na Bíblia, em 1 Samuel 31.4, temos um exemplo, e nenhum deles
recebeu aprovação do Deus. Contudo, Sansão cometeu suicídio com o aparente
consentimento do Senhor.
Basta olharmos o texto em outra ótica que teremos uma resposta plausível e convincente para estas perguntas.
E se eu te disser que Sansão não tirou a sua
vida; ele sacrificou-se por seu povo, como será a sua reação.
Existe uma grande diferença entre se suicidar e se entregar.
Jonas orou:
“Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que
viver" (Jn 4.3). Mas Jonas nunca tirou a sua vida. O suicídio é um ato "para
si mesmo". O que Sansão fez foi entregar a sua vida pelos outros -
pelo seu povo. O ato de Sansão foi um ato de suicídio tanto quanto o foi o ato
de Cristo, quando este disse: "dou a minha vida" (Jo 10:15), porque
"o bom pastor dá a vida pelas ovelhas" (Jo 10:11). Com efeito,
"ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor
dos seus amigos" (Jo 15.13).
É claro que nem
toda aparente morte "pelos outros" é realmente um ato de amor. Paulo deixou isso evidente no seu grande capítulo acerca do amor: "e ainda que
entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso
me aproveitará" (1 Co 13:3). Até mesmo um mártir pode morrer sem que haja
amor, mas numa obstinada entrega a uma causa centralizada na sua própria
pessoa. Saul optou pela morte, dizendo: "para que porventura não venham
estes incircuncisos, e me traspassem e escarneçam de mim" (1 Sm 31:4).
Abimeleque procurou a morte, e disse a seu escudeiro: "mata-me, para que
não se diga de mim: Mulher o matou" (Jz 9:54).
Em contraste,
Sansão pediu permissão a Deus para morrer, e orou: "Morra eu com os
filisteus" (Jz 16:30). Deus acedeu ao seu pedido, "e foram mais os
que matou na sua morte do que os que matara na sua vida" (v. 30). Paulo
também desejou "ser anátema, separado de Cristo, por amor de" seus
irmãos (Rm 9:3). O soldado que se atira sobre uma granada para salvar a vida de
seus companheiros não está tirando a sua vida, não está se suicidando;
ele está dando a sua vida pelos outros. De igual modo, Cristo não
cometeu suicídio, tendo ele vindo para "dar a sua vida em resgate por
muitos" (Mc 10:45).
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Até a próxima em Nome de Jesus.
Abraços;
Silberty Faria.
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