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Para Orar e Adorar

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Pequena Introdução aos Livros Proféticos - Profetas Menores - A Mensagem dos Profetas Maiores - Parte 5 (Fim)

Esta é a última mensagem desta série de estudos, se você chegou até aqui, com certeza você melhorou e cresceu em graça e conhecimento. Mais vamos a mensagem de hoje.

Nem sempre o povo se lembrava da orientação de Deus registrada no livro da Lei, por isso, com frequência, cometia transgressões, e as piores eram cometidas pelos reis e pelos sacerdotes. Esses tinham mais obrigação do que o povo de conhecer as instruções divinas, no entanto, eram os que mais erravam. O profeta expressava a sua indignação contra os erros, chamando o povo de volta para o Senhor.

A mensagem dos profetas seguia sempre o mesmo ciclo. Vejamos: 
  • queixa sobre algum tipo de mal praticado (Os 4.1,2,12-14);
  • castigo, em forma de dispersão, cativeiro ou ataque de algum povo estrangeiro (Os 4.3-11);
  • retorno do cativeiro ou ao estado anterior mediante o arrependimento (Os 11.8-11; 6.1,2);
  • promessa sobre a vinda do Messias (Os 6.3);
  • futuro garantido sob o domínio do Messias sobre toda a Terra (Os 14.4-9; 13.14).
Os profetas Maiores - São assim determinados não por grau de importância, mas pelo tamanho de suas obras. Os Profetas Menores, com exceção de Zacarias e Oseias, que constam de quatorze capítulos cada, são todos pequenos; já os Maiores são livros cujos rolos originais (em pergaminhos) chegavam até dezessete metros de comprimento. São eles: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.

Isaías - Isaías profetizou nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias - reis de Judá - e, segundo a tradição, talvez tenha vivido durante o reinado de Manassés. Também se acredita que o profeta tenha sido serrado no meio; se for este o caso, o escritor da Carta aos Hebreus pode ter aludido a esse fato (Hb 11.37). Seu livro data de 740 a.C.
Isaías é considerado o profeta messiânico do Antigo Testamento, pois previu o nascimento de Jesus (Is 9.6) e a sua morte (Is 53). Falou do cativeiro babilônico e do retorno dos hebreus para a sua terra (Is 39.3-8; 45.13; 13-14.3), mencionando o nome de Ciro, o imperador medo-persa, dois séculos antes do seu nascimento (Is 45.1). Sua mensagem também foi dirigida ao Reino do Norte (Israel) e contém promessas de restauração e de redenção para o remanescente fiel da nação (Is 45.14-17). 

Jeremias - Jeremias sofreu perseguições do rei e dos profetas de sua época - estes eram contratados pelo monarca para desfazer as suas predições. Os seus muitos sofrimentos o fizeram chorar tanto que ele ficou conhecido como o profeta das lágrimas. Jeremias não foi acatado em seus dias, mas a História lhe fez justiça, a ponto de confundirem-no com Jesus (Mt 16.14).
Jeremias profetizou do tempo de rei Josias ao tempo do rei Zedequias, que foi levado cativo para a Babilônia na grande invasão em 586 a.C. Ele sofreu muita oposição por causa desses avisos. Ezequiel e Daniel vaticinaram durante o cativeiro. Ezequiel era um profeta visionário, e Daniel, embora fosse vidente, agiu mais como intérprete de Jeremias para o seu povo. Seu livro foi escrito entre 626 e 586 a.C.
A mensagem direta e objetiva de Jeremias foi dirigida para o Reino do Sul. ele anunciou o cativeiro babilônico, avisando que os judeus sofreriam por setenta anos. De fato, as primeiras deportações para a Babilônia aconteceram em 605 a.C., e as últimas em 586 a.C. Dessa forma, desde que os primeiros judeus foram levados para a Babilônia até o fim do cativeiro, em 535 a.C., passaram-se setenta anos (2 Cr 36.21).

Ezequiel - Ezequiel era ainda jovem quando foi levado para a Babilônia, provavelmente na leva dos dez mil nobres do Reino do Sul (2 Rs 24.14; Dn 1.1-7), dentre os quais constavam Daniel, Hananias (Sadraque), Misael (Mesaque) e Azarias (Abede-Nego).
No cativeiro, Ezequiel, que segundo a tradição judaica era aprendiz de Jeremias, tornou-se profeta para a sua geração. Sua mensagem, escrita entre os anos 593-573 a.C. é carregada de visões (Ez 1.1) e trata do julgamento de Judá; do julgamento das nações pagãs e da esperança dos cativos judeus.

Daniel - Todo o ministério profético de Daniel desenvolveu-se durante o cativeiro babilônico. No capítulo 5, ele narra o final do Império Babilônico e o surgimento do Império Persa. É possível que o livro tenha sido escrito, ou pelo menos concluído, no final do cativeiro, visto que ele, pela leitura que faz de Jeremias, compreende que esse tempo havia chegado ao fim (Dn 9.2).
A mensagem de Daniel ultrapassa os seus dias. ela é também escatológica, pois prevê os tempos futuros; por isso, seus registros fazem conexão direta com o Livro do Apocalipse.

Finalizamos assim, a nossa série de estudos sobre a Introdução aos Livros Proféticos, citamos: Pequena Introdução aos Livros Proféticos - Profetas Menores - Parte 1

Até a próxima em Nome de Jesus.

Abraços;
Silberty Faria

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Pequena Introdução aos Livros Proféticos - Profetas Menores - A Popularidade dos Profetas Menores - Parte 4

Os Profetas Menores, são pouco lidos e poucos estudados na Igreja, à exceção de:
  • Jonas, que foi engolido por uma grande peixe;
  • Oseias, especialmente as porções que exaltam a necessidade do conhecimento de Deus (Os 4.6)
  • Joel, que trata do derramamento do Espírito sobre toda a carne (Jl 2.31);
  • Malaquias, devido ao texto que fala do dízimo (Ml 3.10).
Por isso, às vezes temos tanta dificuldade até de encontrá-los na Bíblia. Não são muito populares, mais são de muita importância.
Quanto aos demais, temos por hábito pinçar alguns versículos, a fim de elucidar fatos isolados; no entanto, raramente atemo-nos ao estudo de cada um desses livros para compreender, de fato, a sua mensagem.
Para entendermos um pouco mais da história bíblica é indispensável que demos mais atenção aos profetas menores, porque como já disse eles são classificados em "menores" somente por causa dos livros serem menores em relação aos livros dos Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. E por falar em profetas Maiores será o assunto da nossa próxima publicação.
Tomando a Lei como referencial absoluto para o modo de vida que Deus havia planejado para o Seu povo, os profetas comparavam a vida da nação com os parâmetros divinos pré-estabelecidos e, em cima disso, protestavam contra toda e qualquer irregularidade; todos tinham algo em comum: o inconformismo em relação a qualquer transgressão. Esse era o ponto de partida, entretanto, eles não se limitavam a denunciar, mas a proferir palavras de juízo, anunciando algum tipo de castigo que levasse o povo ao arrependimento.
Estudar sobre esses Homens de Deus capacita-nos a compreender não apenas o estado moral e espiritual em que se encontravam os reinos de Israel e Judá, bem como seu passado e presente em cada contexto histórico, mas também nos oferece muita luz sobre o futuro de Israel e da Igreja do Senhor.

Até a próxima em Nome de Jesus.

Abraços;
Silberty Faria



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Pequena Introdução aos Livros Proféticos - Profetas Menores - Distinção dos Profetas - Parte 3

Como vimos na lição anterior (Pequena Introdução aos Livros Proféticos - Profetas Menores - Profetas, Homens de Deus - Parte 2), os profetas recebem as seguintes distinções: Orais e Literários; Videntes e Não Videntes; Pré-Cativeiro e Pós-Cativeiro; Verdadeiros e Falsos; Aqueles que exercem o ofício profético como ministério e aqueles que são imbuídos de um dom do Espírito Santo. Vejamos agora um pouco sobre cada um deles:

1. Profetas Orais - Usavam a boca  para anunciar, mas não deixaram nada escrito e, se escreveram alguma coisa, seus registros perderam-se e não fazem parte do Cânon Sagrado (a Bíblia). Eles foram muitos; alguns se tornaram bem conhecidos devido à sua relevância na história bíblica - como Arão (Êx 7.1), Natã (2 Sm 7.2), Elias (2 Cr 21.12), Elizeu (2 Rs 9.1), entre outros.
No Novo Testamento (NT), temos João Batista - apesar de o seu ministério ter sido importante e encerrar o profetismo do Antigo Testamento (Lc 16.16), ele não deixou nada escrito. O mesmo pode-se dizer de Ágabo, que é também chamado de profeta (At 21.10).

2. Profetas Literários - São aqueles que escreveram e cujos escritos estão incluídos no Cânon Sagrado (a Bíblia). Seus livros estão classificados entre os proféticos, sejam eles maiores ou menores. Entretanto, há profetas, como Moisés e Samuel, que se encontram em outras categorias.
Moisés (Dt 34.10) tem os seus escritos classificados como Leis (Torá ou Pentateuco). O mesmo acontece com Samuel (1 Sm 3.20), o qual deixou dois livros que levam o seu nome, porém estão classificados na categoria de Livros Históricos e Não Proféticos.

3. Profetas Videntes e Não Videntes - Os termos hebraicos roeh e hozeh significam aquele que vê ou vidente (1 Cr 29.29). O profeta vidente é aquele que tem os olhos abertos para o sobrenatural; ele pode ver o mundo espiritual do mesmo modo como vê o mundo natural. Dentre eles estão:
  • Balaão, embora a Bíblia não o considere um bom profeta (Nm 22.31, Cf 2 Pe 2.15);
  • Samuel (1 Sm 9.9);
  • Gade (2 Cr 29.25);
  • Eliseu enxergou o traslado de Elias para o céu em um carro de fogo - evento que os alunos da escola de profetas não viram (2 Rs 2.10-12); viu Geazi pedindo dinheiro a Naamã (2 Rs 5.25-27), embora não estivesse junto dele; viu as tramas do rei da Síria contra Israel dentro do seu quarto (2 Rs 6.12), etc;
  • Isaías viu com nitidez o retorno dos judeus do cativeiro babilônico, citando o nome do rei Ciro quase duzentos anos antes do fato (Is 45.1); e também previu o advento do Messias (Is 53).
Já alguns profetas falavam segundo o mandado do Senhor, sem que tivessem olhos para ver o sobrenatural, como, por exemplo, João Batista.


4. Profetas Pré-Cativeiro e Pós-Cativeiro - O Cativeiro Babilônico marcou decisivamente a História da Nação. Os profetas pré-exílio são todos aqueles que anunciaram a invasão babilônica sobre Judá. Dentre eles estão Isaías, Jeremias e os nove primeiros Menores. Os pós-cativeiro são Ageu, Zacarias e Malaquias. Daniel e Ezequiel escreveram durante o cativeiro na Babilônia.

5. Profetas Verdadeiros e Falsos - Entre o povo de Deus, tanto no Reino do Sul (Judá), quanto no Reino do Norte (Israel), vez por outra, surgia alguém para anunciar mentiras. Alguns desses falsos profetas eram contratados pelo rei, com o objetivo de apregoar palavras do seu interesse, na esperança de não sofrer nenhum tipo de oposição entre o povo.
Jeremias, por exemplo, prenunciou a invasão babilônica, advertindo tanto o rei quanto a nação de que eles ficariam setenta anos nas mãos daquele poderoso Império (Jr 25.8-12). O profeta deu-lhes instruções para não oferecerem resistência, a fim de não piorarem as coisas.
Os falsos profetas do rei negavam o vaticínio de Jeremias sobre a deportação israelita para a Babilônia. Quando os babilônicos começaram a fazer suas premieiras incursões, os falsos profetas não tinham mais como negar o fato; então, amenizaram dizendo: De fato os babilônios virão, porém nós padeceremos nas mãos deles por apenas dois anos (Jr 28.10-17)
Hananias e Semaías, os falsos profetas, levantaram-se contra Jeremias para proferir mentiras; mas Jeremias os enfrentou (Jr 28; 29.24-32). Jesus, nosso Mestre e Senhor, fez severas advertências sobre os falsos profetas (Mt 7.15; 24.11), pois eles valorizam mais as cerimônias do que um relacionamento sincero com Deus.

6. Aqueles que exercem o ofício profético como ministério e aqueles imbuídos de um dom do Espírito Santo - Um dos ofícios proféticos como ministério eram dos sacerdotes. Em Israel esperava-se também que os sumos sacerdotes fossem capazes de profetizar, embora não se esperasse deles o mesmo que normalmente se esperava de um profeta oficial. O Urim e Tumim que carregavam nas vestes sacerdotais eram usados para consultar o Senhor e obter dele alguma palavra ou direção. De acordo com a tradição judaica, eram usados para conhecer a vontade de Deus (Êx 28.30; 1 Sm 28.6). O ministério profético era comum no At, mas ele também aparece no Novo Testamento como um dom do Espírito Santo (Ef 4.11, cf. At 11.27; 13.1; 21.10). O dom de profecia é uma capacitação sobrenatural, concedida pelo Espírito Santo, a qual permite a pessoa entregar uma mensagem em nome do Senhor a um indivíduo ou à Igreja (1 Co 12.1-10).

Até a próxima em Nome de Jesus.

Abraços;
Silberty Faria.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pequena Introdução aos Livros Proféticos - Profetas Menores - Profetas, Homens de Deus - Parte 2

Profetas, Homens de Deus - O que é um Profeta? Profeta é uma pessoa que Deus levanta para anunciar palavras Suas ao coração dos homens.
A palavra hebraica nabi (originária do verbo naba) significa anunciador, declarador. O termo era muito utilizado para fazer referência aos profetas; e o encontramos mais de trezentas vezes no Antigo Testamento (AT).
Os profetas eram comumente chamados de homens de Deus - título que ocorre cerca de setenta vezes no Antigo Testamento, dentre as quais metade é usada para designar Eliseu. 

Ser um homem de Deus significa muito mais que ser convertido, que ser atuante em uma igreja, que ser um homem de oração... Ser homem de Deus significa ser um profeta. 
No Antigo Testamento, os profetas, também chamados de homens de Deus, geralmente recebiam de modo sobrenatural a mensagem da parte do Senhor para entregá-la ao rei, ao sacerdote, a alguma autoridade importante da nação hebreia ou ao próprio povo. Nos dias de hoje os profetas são aqueles que pregam (anunciam) a Palavra de Deus, são os pregadores do Evangelho, mais um detalhe faz toda a diferença, os verdadeiros homens de Deus, pregadores, ainda precisam conservar a essência dos profetas-homens de Deus, do Antigo Testamento, como: testemunho e vida com Deus, testemunho e oração, testemunho e  leitura da Palavra... Enfim ser aquilo que a Bíblia diz que ele precisa ser: (1 Tm 3.2-7 "2 - É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3 - não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; 4 - e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito 5 - (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); 6 - não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. 7  Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo."). 

Os profetas constituíam um dos três ofícios sagrados: sacerdote, rei ou profeta - porém era o profeta que consagrava o rei e o sacerdote - e tinham como base de sustentação de seus vaticínios as alianças abraâmica (Gn 12; 15); sinaítica (Êx 24) e davídica (2 Sm 7).

Os profetas recebem as seguintes distinções:
  • orais e literários;
  • videntes e não videntes;
  • pré-cativeiro e pós-cativeiro;
  • verdadeiros e falsos;
  • aqueles que exercem o ofício profético como ministério e aqueles imbuídos de um dom do Espírito Santo.
*Na sequencia do nosso estudo (Pequena Introdução aos Livros Proféticos - Profetas Menores - Profetas, Homens de Deus - Parte 3) vamos falar sobre cada um destes ofícios.

Os profetas foram muitos, tanto em Israel quanto em Judá. Houve também ocasião em que a nação padeceu por falta deles (1 Sm 3.1; Sl 74.9).

Até a próxima em nome de Jesus.

Abraços;
Silberty Faria

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Pequena Introdução aos Livros Proféticos - Profetas Menores - Parte 1

Esta é uma pequena introdução aos Profetas Menores, não é um estudo exaustivo, mais creio e espero que consiga sanar algumas de suas dúvidas.
Profetas Menores - Eles são, ao todo, doze e são conhecidos desta forma não por serem considerados menos importantes, mas pelo fato de seus livros serem menores, se comparados aos Profetas Maiores.
Os Maiores são: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
Os Menores são: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
Na Bíblia Hebraica, o Livro de Lamentações e o Livro de Daniel encontram-se entre os Escritos e não entre os Profetas. Em nossa classificação, contudo, Lamentações e Daniel enquadram-se entre os Maiores. 
Daniel - é considerado um vidente, porque conseguia ver o mundo espiritual na esfera do tempo e do espaço; porém seus registros são também considerados históricos, pois relatam parte da história dos judeus na Babilônia. 
Lamentações - é a expressão de tristeza de Jeremias, ao ver a Cidade Santa destruída pelos babilônicos.
Não temos qualquer regsitro de atividade profética nos primórdios do estabelecimento de Israel em Canaã (1 Sm 3.1). Samuel aparenta ser a primeira pessoa a ocupar o cargo, depois de Moisés (1 Sm 20-21), pois era conhecido por todo o Israel como profeta. 
O último porta-voz de Deus mencionado no AT é Malaquias, datado de meados do quinto século a.C.
Durante o oitavo século a.C., a profecia tornou-se um fenômeno religioso contínuo em Israel. A liderança profética e o desenvolvimento literário de Livros Proféticos continuaram durante meados do quinto século a.C. Estudiosos classificam esse período como período clássico da profecia em Israel (800-450 a.C.). Os profetas canônicos pertencem a esse período.
Os profetas ocupam uma posição singular nas tradições de fé israelitas. Eles serviam como porta-vozes de Deus à nação durante a crise nacional, contribuindo com um terço do conteúdo do Antigo Testamento.
Estudiosos acreditam que o ministério de Moisés estabeleceu as bases para o cargo profético em Israel (Dt 18.15-22; Os 12.13), pois quando o povo estava em cativeiro no Egito, Deus o chamou como Seu porta-voz.
Veja a seguir uma tabela com os Profetas Menores, organizada em ordem cronológica aproximada. Ela servirá de apoio para o seu estudo:



sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Autoridade!

Esta palavra tem andado um pouco banalizada em nosso meio, sendo assim resolvi dar alguns esclarecimentos sobre esta tão importante palavra que é citada na Bíblia como um substantivo e como um verbo.

Autoridade - Substantivo
1. exousia - denota "autoridade" (derivado do verbo impessoal exesti, "é legal"). Derivado do significado de "licença" ou "permissão", ou a liberdade de fazer como a pessoa quiser, passou ao sentido de "habilidade ou força com que a pessoa é dotada", e daí, ao significado do "poder de autoridade", o direito de exercer poder (por exemplo, Mt 9.6; 21.23; 2Co 10.8); ou ao do "poder do império ou governo", o poder daquele cuja vontade e ordens devem ser obedecidas pelos outros (por exemplo, Mt 28.18; Jo 17.2; Jd 25; Ap 12.10; 17.13); mais especificamente fala da "autoridade" apostólica (2 Co 10.8; 13.10); do "poder" da decisão judicial (Jo 19.10); de "gerir assuntos domésticos" (Mc 13.34). Por metonímia ou mudança de nome (a substituição de uma palavra sugestiva pelo nome da coisa significada), representa "aquilo que está sujeito à autoridade ou governo" (Lc 4.6); ou, "àquele que possui autoridade, um governante, magistrado" (Rm 13.1-3; Lc 12.11; Tt 3.1); ou "potentado espiritual" (por exemplo, Ef 3.10; 6.12; Cl 1.16, 2.10,15; 1 Pe 3.22).
Em 1 Co 11.10, o termo é usado para aludir ao véu que as mulheres, por exigência, deviam usar numa assembléia ou igreja, levando para o sentido de "direito, fortalecer, jurisdição, libertação, poder".
2. epitage - "mandato" (formado de epi, "sobre", e tassõ, "ordenar"), é traduzido por "autoridade" em Tt 2.15, levando para o sentido de entendimento em "mandamento". O verbo correspondente é epitassõ, "ordenar", no sentido de "comandar".
3. huperoche - principalmente, "projeção, eminência", como um cume de uma montanha, por conseguinte, metaforicamente, "preeminência, superioridade, excelência". Em 1 Tm 2.2, refere-se à posição dos magistrados; em 1 Co 2.1, diz respeito à excelência da linguagem. Contraste com o verbo huperechõ "ultrapassar", levando para o sentido de "superar".
4. dunastes - cognato de dunamis, "poder" (em português, "dinastia"), significa "potentado, alto oficial". Em At 8.27, fala de um alto oficial; em Lc 1.52, de poderosos; em 1 Tm 6.15, refere-se a Deus. Todos estas passagens nos levam a entender o texto que além do citado também está ligado a "poderoso ou poderosos".
Autoridade - Verbo
1. exousiazõ - cognato de A (substantivo), nº 1 (exousia), significa "exercer poder" (Lc 22.25; 1 Co 6.12; 7.4, duas vezes), ligado literalmente a dunastes "poder".
2. katexousiazõ - formado de Kata, "para baixo", elemento de intensivo, e o nº 1 (exousia), "exercer autoridade sobre", é usado em Mt 20.25 e Mc 10.42.
3. authenteõ - formado de autos"si mesmo", e um substantivo perdido hentes, que provavelmente significa trabalhar (em português, "autêntico"), "exercer autoridade por conta própria, dominar sobre" (1 Tm 2.12). No uso mais remoto da palavra, significa aquele que com a própria mão matava ou a si mesmo ou a outrem. Depois veio a denotar aquele que age por sua própria "autoridade", por conseguinte, "exercer autoridade, domínio", mais ligado ao sentido de "domínio". 

Se você está com problema pessoal ou sabe de alguém que está enfrentando problema nesta área de autoridade, eu te indico um clássico para você ler e aprender, é o livro: Autoridade Espiritual do autor Watchman Nee.

Até a próxima em Nome de Jesus.

Abraços;
Silberty Faria


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