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Para Orar e Adorar

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Maria é a mãe de Deus?


Em conversas com católicos, poucos assuntos são mais polêmicos do que a posição de Maria no plano da redenção. Ao longo da História, a Igreja Católica tem elaborado uma série de doutrinas sobre a mãe de Jesus. Quando examinamos as Escrituras, percebemos que muitas dessas doutrinas não vêm da palavra de Deus.
O uso da expressão "Maria, mãe de Deus" foi oficialmente autorizado no Concílio de Éfeso no século V. O concílio procurou resolver uma diferença entre alguns bispos em referência à divindade e à humanidade de Jesus. A Bíblia apresenta Jesus como Deus que se fez carne (João 1:1,14). Várias pessoas têm tentado separar essas duas características de Jesus Cristo, às vezes sugerindo que fosse duas pessoas distintas, uma espiritual e a outra carnal. Não contentes com as afirmações das Escrituras, alguns homens procuram explicar detalhadamente coisas que Deus não revelou (veja Deuteronômio 29:29). O resultado, freqüentemente, é que um extremo falso provoca uma reação igualmente errada, e novas doutrinas nascem.
Quando teólogos se reuniram em Éfeso, uma cidade conhecida por sua exaltação de uma deidade feminina (veja Atos 19:23-41), não se contentaram em estudar o que as Escrituras dizem sobre a humanidade e a divindade de Jesus Cristo. Para defender o fato que Jesus é Deus, eles argumentaram assim: "Emanuel realmente é Deus, e a santa Virgem é, portanto, Mãe de Deus" (John A. Hardon, S.J., The Catholic Catechism, 135). Superficialmente, a lógica parece válida, e assim foi oficializado o dogma de "Theotokos" (Mãe de Deus), uma doutrina que não se encontra na Bíblia.


Tentativas posteriores de exaltar Maria a uma posição glorificada dentro do catolicismo podem ser observadas na doutrina da “imaculada conceição". Esta doutrina foi pronunciada e definida por Pio IX em 1854 - que a Bendita Virgem Maria "no primeiro instante de sua concepção...foi preservada isenta de toda mancha do pecado original." (The Catholic Encyclopedia, vol. 7, p. 674 alto “Immaculate conception.” Este ensinamento pode parecer que é apenas um esforço posterior de fazer Maria parecer ainda mais com a deusa do paganismo, pois nos antigos mitos, a deusa foi criada como tendo uma concepção sobrenatural! As histórias variam, mas todas falam de acontecimentos sobrenaturais em conexão com sua entrada no mundo, que ela era superior aos demais mortais, que era divina. Pouco a pouco, de modo que os ensinamentos a respeito de Maria não parecessem inferiores aos da deusa-mãe, foi necessário ensinar que a entrada de Maria neste mundo envolveu também um elemento sobrenatural!

A doutrina de que Maria nasceu sem a mancha do pecado original e escriturística? Responderemos a isto nas palavras da própria The Catholic Encyclopedia: "Nenhuma prova direta, ou categórica e estrita do dogma pode ser encontrada nas Escrituras: ' É indicado, antes, que estas idéias foram um desenvolvimento gradual dentro da igreja. (Ibid., p. 675.).
Depois dessa, vieram várias outras novas doutrinas sobre Maria. Não contentes com as afirmações bíblicas que Maria continuou virgem até o nascimento de Jesus, acrescentaram a doutrina da virgindade perpétua dela. Tentando defender a pureza de Maria enquanto negavam a inocência e pureza de todas as crianças, inventaram a noção da imaculada conceição, que se tornou dogma no século XIX. Em 1950, Pio XII tomou mais um passo, segundo a vontade de milhões de católicos, quando afirmou como dogma a crença da Assunção de Maria ao céu. Agora, no início do século XXI, o Vaticano está sendo bombardeado com petições para exaltar Maria ainda mais. Por enquanto, não foi decidido se Roma ordenará que Maria seja vista como co-redentora, ao lado de Jesus.
Um notável escritor, Alfonso de Liguori, católico, escreveu, extensamente, dizendo quão mais eficiente são as orações dirigidas a Maria do que as que são dirigidas a Jesus Cristo. Liguori, acidentalmente, foi canonizado como um "santo" pelo papa Gregório XIV em 1839 e foi declarado "doutor" da igreja católica pelo papa Pio IV. Em uma porção dos seus escritos, ele descreveu uma cena imaginária na qual um homem pecador viu duas escadas suspensas do céu. Maria estava no topo de uma; Jesus no topo da outra. Quando o pecador tentou subir por uma das escadas viu o rosto irado de Cristo e caiu vencido. Mas, quando subiu a escada de Maria, subiu com facilidade e foi abertamente recebido por Maria que o levou ao céu e apresentou-o a Cristo! Daí em diante tudo estava bem. A história tinha a intenção de mostrar quão mais fácil e mais eficiente é ir a Cristo através de Maria. (Boettner, Roman Catholicism, p. 147). O mesmo escritor disse que o pecador que se aventurar a ir diretamente a Cristo poderá enfrentar o terror de sua ira. Mas, se ele rezar para a Virgem, ela terá apenas de "mostrar" ao filho "os peitos que o amamentaram" e sua ira será imediatamente amenizada! (Hislop, The Two Babylons, p. 158). Tal raciocínio está em conflito direto com um exemplo escriturístico. "Bem-aventurado o ventre que te trouxe", disse uma mulher a Jesus, "e os peitos em que mamaste!" Mas Jesus respondeu, "Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam" (Lucas 11.27,28).
Indo diretamente às Escrituras, não somente não existe qualquer prova para a idéia da Imaculada conceição de Maria, como existe evidência do contrário. Apesar de ter sido um vaso escolhido do Senhor, uma mulher virtuosa e piedosa - uma virgem - ela foi tão humana como qualquer outro membro da família de Adão. "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm. 3.23), sendo a única exceção o próprio Jesus Cristo. Como qualquer outra pessoa, Maria precisou de um salvador e admitiu isto plenamente quando disse: "E o meu espírito se alegra em Deus meu SALVADOR" (Lucas 1.47).
Se Maria necessitou de um salvador, ela não era em si mesma uma salvadora. Se necessitou de um salvador, então precisou ser salva, perdoada, e redimida - assim como os outros. O fato é que a divindade de nosso Senhor não dependia de sua mãe ser algum tipo de pessoa exaltada ou divina. Em lugar disto, Ele foi divino porque foi o unigênito filho de Deus. Sua divindade veio de Seu Pai celestial.
De toda essa história, devemos aprender algumas lições importantes: Não devemos negar nada que a Bíblia afirma sobre Maria, ela foi uma mulher santa, pois, era cumpridora de toda a lei (como uma boa judia), obediente, virtuosa, piedosa, virgem e muito fiel a Deus; mas também não devemos criar ou aceitar doutrinas humanas sobre a mãe de Jesus. Quando refutamos doutrinas falsas, precisamos ter cuidado para não inventar outros ensinamentos igualmente errados. Devemos falar de acordo com as Escrituras, sem acrescentar nada (1 Pedro 4:11; 1 Coríntios 4:6; 2 João 9; Apocalípse 22.18-19).
Nota Pessoal: quanto à Maria, vejo nela grandes exemplos e modelos para ensinar às mulheres de hoje, respeito muito sua posição e seu nome por ela ter se destacado das demais e ser escolhida a mãe do meu Salvador, mais isto está longe de uma adoração, pois eu ADORO, somente aquele que de seu ventre saiu, a saber Jesus Cristo, o Filho de Deus, o próprio Deus.

Fonte: estudosdabiblia.net
“Babilônia: a Religião dos Mistérios *Antiga e Moderna* p. 13-29
Também as partes em Negrito que são fontes reveladas.
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